Dar presentes no Brasil vai muito além do objeto em si. Presentear é um gesto carregado de afeto, intenção e, muitas vezes, significado simbólico.
A etiqueta de presentes no Brasil envolve hábitos sociais que podem variar de região para região, mas há algumas regras não escritas que ajudam a evitar gafes e a mostrar consideração.
Este guia oferece um panorama do que é comum e esperado no momento de presentear por aqui.
Dicas de etiqueta no presentear
1 – Presentear é um gesto afetuoso e espontâneo
Ao contrário de culturas mais formais, no Brasil o ato de presentear é visto como um gesto pessoal e emocional. Não há tanta rigidez em relação ao protocolo.
É comum que presentes sejam dados de maneira espontânea, como forma de carinho, amizade ou agradecimento, e não apenas em datas comemorativas.
2 – Nunca vá de mãos vazias para a casa de alguém
Se você for convidado para um jantar ou almoço, é considerado de bom-tom levar algo. Por exemplo, uma sobremesa, um vinho, uma plantinha, ou mesmo um mimo para os anfitriões.
Isso vale ainda mais se for a primeira vez que você está visitando a casa.
3 – A embalagem importa (mas nem tanto)
Os brasileiros apreciam o cuidado com a apresentação do presente, mas não costumam ser excessivamente formais.
Um papel de presente ou uma sacola bonita é suficiente. O gesto fala mais alto que a embalagem.
Ainda assim, evite dar presentes desembrulhados ou de qualquer jeito, pois isso pode parecer desleixo.
4 – Abrace e agradeça na hora
Ao entregar um presente, é comum que haja uma troca calorosa: um abraço, um sorriso, uma palavra de agradecimento.
Diferente de outras culturas em que o presente pode ser aberto depois, no Brasil é comum (e até esperado) que a pessoa abra na hora e comente algo, mesmo que brevemente.
5 – Não fale de preço
Discrição é importante. Tirar o preço do presente é um sinal de consideração, e falar sobre quanto custou pode soar grosseiro.
Se for algo que pode precisar de troca (como roupas ou calçados), o ideal é incluir a etiqueta sem o valor ou um comprovante de troca.
6 – Evite presentes excessivamente caros
Pode não parecer, mas dar algo muito caro é um erro na hora de presentear. Especialmente em contextos informais ou entre pessoas com pouca intimidade, presentes caros podem causar constrangimento.
O excesso pode ser interpretado como ostentação ou tentativa de impressionar. O ideal é optar por algo com significado ou utilidade, não necessariamente de alto valor.
7 – Chocolates, flores e livros são coringas
Esses presentes funcionam bem em praticamente qualquer situação.
Chocolates são uma escolha neutra e apreciada por todos. Flores, especialmente em visitas ou agradecimentos, sempre caem bem (evite cravos brancos, que às vezes são associados a funerais).
Livros são uma opção elegante, desde que você conheça o gosto da pessoa.
8 – Em datas comemorativas, a expectativa muda
No Natal, aniversários ou Dia das Mães, espera-se um presente mais personalizado.
O gesto continua sendo mais importante que o valor, mas nesses momentos, o presente ideal é aquele que mostra que você conhece bem a pessoa, mesmo que seja simples.
9 – Presente de amigo oculto: equilibre bom humor e bom senso
O “amigo oculto” ou “amigo secreto” é muito popular no Brasil, especialmente em empresas, famílias e escolas.
Nesses casos, vale usar o humor e a criatividade e até escolher um presente engraçado, mas com limites: evite itens muito pessoais, polêmicos ou de gosto duvidoso.
10 – Em ambientes corporativos, mais neutralidade
No trabalho, presentes mais neutros são os mais indicados: canetas, livros, canecas ou uma caixa de bombons.
O ideal é não exagerar no valor e evitar presentes que possam ser interpretados de forma ambígua.
No Brasil, o gesto de presentear conta mais do que a formalidade
A etiqueta de presentes no Brasil valoriza o afeto, a espontaneidade e o cuidado.
Não é preciso seguir um manual rígido, mas conhecer algumas regras sociais ajuda a demonstrar consideração e a fortalecer vínculos.
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Priscila Zigunovas é redatora no Buscando Presente. Jornalista com pós-graduação em Negócios Digitais, tem 18 anos de experiência em redação e marketing. Gosta de literatura, gastronomia, vinhos, viagens, gatos e jogos de tabuleiro.
